
O Estado de São Paulo registrou 2.338 ocorrências de roubo ou furto de caminhões, caminhões-trator, reboques e semirreboques, nos seis primeiros meses de 2021. Uma alta de 2,19% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Foram 1.937 roubos (alta de 4,65%) e 401 furtos (queda de 8,24%). Os dados foram publicados no Boletim Econômico Tracker-FECAP, a partir da análise dos boletins de ocorrência registrados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).
O estudo analisou os quatro tipos de veículos separadamente. A quantidade de roubos e furtos de reboques, até junho de 2021 (154 ocorrências), já se aproxima do patamar dos acumulados de 2019 (212 registros) e do ano passado (189 ocorrências). E a quantidade de roubos de caminhões, nos seis meses de 2021, já representa 53,97% do registrado em todo ano de 2020.
Em entrevista ao programa CBN Vale 1ª Edição, o coordenador do estudo e professor do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime, da FECAP, Erivaldo Costa Vieira, a retomada econômica do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios contribuiu para esse aumento.
Cargas
O roubo de cargas nos seis primeiros meses de 2021 cresceu 7,61% em relação ao primeiro semestre do ano anterior. Só no mês de junho foram 493 ocorrências, um aumento significativo de 19,65% em relação a junho de 2020. Por outro lado, se comparado com 2019, houve uma redução de 33% no roubo de caminhões e reboques de acordo com o boletim.
Segundo o Grupo Tracker, os bandidos dão preferência para produtos alimentícios, combustíveis, têxteis, eletrônicos, bebidas, cigarros, defensivos agrícolas e itens farmacêuticos.
Estima-se que uma carga roubada seja vendida por 50% do valor total da nota fiscal da mercadoria em questão. Os delitos geralmente são praticados pela manhã, momento em que os veículos de carga saem dos embarcadores totalmente carregados. As quadrilhas especializadas mantêm o motorista em cárcere privado até que seus objetivos sejam concluídos.